Depressão e Nutrição Funcional

Depressão e Nutrição Funcional



Hoje, escolhi falar sobre depressão, uma das doenças que mais aumenta em todo mundo.
Para isso, preciso que você entenda que depressão não é stress ou mero mal-estar – não é simplesmente uma perturbação psicológica – é uma doença biológica – que afeta o cérebro e o corpo, é uma doença. Provoca sintomas graves que afetam intensamente a vida do indivíduo.
Por isso, devemos dar grande atenção ao tratamento desta doença. Normalmente, casos de depressão são tratados com psicoterapias e/ou medicamentos.
Muitas vezes, estas condutas parecem estabilizar o paciente, melhorar sinais e sintomas, no entanto, pergunto: será que isso é suficiente? Acredito que não. Será que a Nutrição pode ser efetiva nesse tratamento? Estou certo que sim.
Por ser uma doença que afeta o organismo por completo o seu tratamento deve ser abrangente, não podemos ser simplistas, não podemos tratar apenas os sintomas, temos que ter um olhar sobre o todo.
Hábitos de vida saudáveis em todas as fases da vida, associados a uma alimentação variada, rica em alimentos in natura e minimamente processados, irão fornecer diferentes compostos ativos que atuarão na modulação de várias vias importantes para o eixo central da matriz das Interconexões Metabólicas da Nutrição Funcional – a saúde mental e emocional. A combinação de uma dieta balanceada, acompanhamento psicológico e a prática de exercícios físicos pode ser a chave para a prevenção e até cura desta doença que atinge tantas pessoas.


Outro fator que está ligado ao quadro de depressão é o desequilíbrio intestinal, o intestino que não funciona bem apresenta irregular produção dos neurotransmissores, que são responsáveis pelo equilíbrio do humor e depressão.
A produção do neurotransmissor serotonina, responsável pela sensação de bem estar, tem sua produção em torno de 80% intestinal, assim tratar e reequilibrar a flora intestinal é muito importante para o aumento na produção de serotonina, podendo evitar a utilização de antidepressivos em quadros iniciais.
Para a conduta nutricional em prol da prevenção e tratamento da depressão devemos reduzir o máximo possível consumo de açúcar, cafeína, alimentos processados e gorduras trans. É necessário estimular fontes ou mesmo suplementar triptofano e seus cofatores, especialmente B6, B9, B12, magnésio, ácido fólico e vitamina C.
É importante também reduzir a concorrência de nutrientes que dificultam a sua formação, aumentando o consumo de carboidratos complexos integrais. Outro aspecto fundamental é aumentar a atividade dos receptores para serotonina nos neurônios, que fazemos através do cromo, especialmente encontrado em grãos integrais, levedo de cerveja, cogumelo, aspargo, ameixa e nozes. Outro ponto fundamental é orientar as melhores fontes de ômega-3 pois estes quando presentes nas membranas lipídicas neuronais melhoram a transmissão nervosa.
Outro alimento bastante valorizado é o cacau, preferencialmente orgânico, ou mesmo chocolate amargo. Em casos graves, todos os nutrientes aqui citados podem e devem ser suplementados, inclusive alguns não encontrados em alimentos, como fosfatidilserina.
É imperativo manter-se consciente dos efeitos protetores que provavelmente virão do efeito cumulativo e sinérgico de nutrientes que compõem a dieta completa. Vamos ver o paciente como um todo e tratá-lo como um todo trazendo a saúde por completo.


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